Para que o
Alto Minho seja hoje uma região altamente competitiva, conectada, atractiva e
resiliente foi essencial o contributo de uma serie de personalidades, umas
nascidas nesta região e, consequentemente com um espírito de preservação do bem
comum e criação de valor através da inovação, outras que, por diversas
circunstâncias conheceram o distrito e, sem opção, ficaram rendidas aos seus
encantos.
É com a
finalidade de lhes reconhecer o devido mérito que se apresentam seguidamente
apenas algumas dessas personalidades, cujos contributos para um
altominho+ACTIVO foram, e são ainda, absolutamente inestimáveis.
Padre
Himalaya
Manuel
António Gomes nasceu em Cendufe, concelho de Arcos de Valdevez, um dos
sete filhos de uma família de lavradores pobres do Minho. As suas origens
rurais, com forte ligação à agricultura e às crenças e tradições populares
minhotas, influenciaram de forma marcada o seu pensamento: manteve ao longo de
toda a sua vida um grande interesse pelas culturas agrícolas, em especial nas
questões relativas à fertilização dos solos e da produção de adubos e da
escolha de plantas e cultivares a empregar em função do solo e do clima. Outra vertente
que o influenciaria profundamente foi o pendor para o curandeirismo e para a
medicina popular, matéria a que dedicaria grande atenção. A estes interesses
associava uma apaixonada curiosidade pelas ciências naturais, pelo contacto com
a terra e pela observação empírica dos fenómenos. A sua elevada estatura levou
a que os colegas de seminário lhe dessem a alcunha de Himalaia, que
adoptou informalmente, passando a utilizá-la como se fora parte do seu nome.
Por essa razão, Manuel António Gomes passaria à posteridade como o «Padre
Himalaia». Ao longo dos anos apresentou numerosas comunicações, publicou
numerosos escritos e desenvolveu uma filosofia ecológica, precursora de algum
do ideário do actual ambientalismo, que perpassava muitas das suas intervenções
na Academia das Ciências. Pode-se afirmar que estaria um século à frente do seu
tempo.
António
Augusto Barge
Desde o ano
de 1971, que o concelho de Caminha, mais propriamente a freguesia de
Vilar de Mouros, tem recebido um dos mais importantes eventos culturais e
musicais de Portugal, o Festival de Vilar de Mouros. Este evento de natureza
nacional nasceu da vontade de uma personalidade: Dr. António Augusto Barge,
licenciado em medicina, nascido na freguesia de Venade em 1917. António Augusto
Barge foi uma personalidade cujos méritos e empenho na divulgação da cultura e
da música no concelho são reconhecidas pela generalidade da população.
Francisco
Sampaio
Francisco
José Torres Sampaio, presidente da Região de Turismo do Alto Minho desde 1980,
tem vivido grande parte da sua vida em Vila Praia de Âncora (Caminha),
onde desenvolveu muita da sua actividade científica, profissional e literária.
São muitas as razões que levaram à atribuição da Medalha de Honra de Caminha a
este homem que se tem dedicado de corpo e alma à promoção da região, incluindo
o concelho de Caminha. Podemos mesmo afirmar que a Região de Turismo do Alto
Minho é hoje o reflexo do seu trabalho, esforço e dedicação, e o seu contributo
é impar na promoção do território. Francisco Sampaio, também, tem desenvolvido
um trabalho meritório em prol do associativismo, como presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora; como membro do
Orfeão de Vila Praia de Âncora, onde foi coralista e maestro e, ainda, como
membro de diversas Comissões de Festas, entre as quais se destacam as Festas de
N. Sra. da Bonança, em Vila Praia de Âncora e N. Sra. da Agonia, em Viana do
Castelo. A sua actividade científica tem sido marcada pelos trabalhos na área
do turismo, marketing e definição do Produto Turístico do Alto Minho. Prova da
importância da personalidade de Francisco Sampaio, são as inúmeras
condecorações que tem recebido, entre as quais se destacam a Medalha de Mérito
Turístico da Secretaria de Estado do Turismo em 1996; a Medalha de Honra pela
Xunta de Galiza em 2003; a Medalha de Honra da Secretaria de Estado do Turismo
em 2005 e a Comenda de Mérito do Presidente da República em 2005.
José Maria
Gavinho Pinto
Natural de Caminha,
onde nasceu no ano de 1924, Gavinho Pinto é um autodidata, autor de poesia,
dispersa por vários jornais e publicações, tendo participado em diversos
recitais de poesia, tanto no Minho como na Galiza. É autor de várias obras,
nomeadamente "Minha Terra, Meu Poema", "Ca(Minho)s,
"En(cantos)" do Minho e "Ondas do Mar de Caminha". Os seus
textos encontram-se dispersos pelos jornais O Caminhense, Notícias de Caminha,
A Capital, Ecos da Matriz, O Vianense, Aurora do Lima e na revista das Festas
de Santa Trega (Espanha). Notabiliza-se também por ser um grande "contador
de histórias", sendo um bom conhecedor da história de Caminha, terra pela
qual, desde sempre, nutre grande paixão.
Padre Manuel
Moreira Gonçalves de Carvalho
O Padre
Manuel Carvalho foi pároco da freguesia de Seixas (Caminha) de 1946 até
2005. Foram 59 anos de dedicação completa à população daquela freguesia, quer
ao nível social, quer humano. Durante esses anos, desenvolveu um trabalho
meritório com as associações, confrarias, escuteiros, grupos corais e
Conferência Vicentina. De realçar que a sua maior obra, juntamente com a
Confraria de S. Bento e o grande benemérito de Seixas Augusto Serra e Costa,
foi a fundação da "Sopa dos Pobres" que, em 1954, passou a chamar-se
Casa de S. Bento, sendo actualmente o Centro de Bem-Estar Social de Seixas. Em
1973, foi um dos fundadores do Grupo Recreativo e Cultural dos Amigos de
Seixas, onde foi animador e encenador de mais de duas dezenas de peças de
teatro. Fundou, igualmente, o Agrupamento de Escuteiros de Seixas. A sua
dedicação e persistência em prol do bem-estar social foi exemplar, tendo
organizado festas, teatros, quermesses, recitais, cortejos com a finalidade
única de manter a "Sopa dos Pobres", único sustento de muitas pessoas
em tempos de crise.
José Joaquim
Pita Guerreiro
José Joaquim
Pita Guerreiro foi Governador Civil de Viana do Castelo e Presidente da Câmara
Municipal de Caminha. Natural da freguesia de Seixas (Caminha), terminou
o Curso Superior da Academia Militar da Arma de Artilharia em 1960. Concluiu o
3º ano de Engenharia Química Industrial, o Curso Superior de Programação e
Análise de Sistemas de Computadores do Ryerson Polytechnical Institute de
Toronto e o Curso de Inglês do Instituto de Língua Inglesa da Universidade de
Michigan. Integrou duas comissões de serviço no Ultramar, durante a guerra
colonial. Exilou-se no Canadá, voluntariamente, por razões de ordem política,
até ao 25 de Abril de 1974. Regressado a Portugal exerce as funções de
professor de matemática do ensino secundário. Reintegrado no Exército passou, a
seu pedido, à situação de reserva e mais tarde à de Reforma. Aos 38 anos de
idade foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Caminha eleito,
mantendo-se à frente dos destinos de Caminha durante 17 anos, até 1993. Foi
membro da Comissão Nacional do Partido Socialista (PS), Presidente da Comissão
Política Distrital de Viana do Castelo do PS, Presidente da Comissão Política
Concelhia do PS, membro do Conselho Geral da CCRN e do Conselho Económico e Social
e membro do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios. Em Abril de
2005, é nomeado para o cargo de Governador Civil de Viana do Castelo.
António Rui
Esteves Solheiro
Bancário de
profissão, 57 anos, natural e residente em Prado, concelho de Melgaço.
Com a vida pública dedicada ao exercício do poder local, preside à Comunidade
Intermunicipal Minho-Lima e à Associação Nacional de Autarcas do Partido
Socialista (ANAPS) desde 2009 e 2006, respectivamente. É primeiro
vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP),
presidente da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho, da Associação de
Municípios do Vale do Minho e da Associação de Desenvolvimento Rural do Vale do
Minho, bem como da Câmara Municipal de Melgaço, tendo sido ainda vereador, na
oposição, no período compreendido entre 1979 e 1983, na mesma autarquia.
Márcia Condessa
Márcia
Condessa nasceu em Monção a 28 de Setembro de 1915. Não tendo
possibilidade para realizar estudos, veio ainda jovem para Lisboa para procurar
trabalho. Em 1944, a fadista actuou no Coliseu do Porto, no espectáculo
"Mãe Portuguesa", onde se juntava na interpretação a dois outros
grandes nomes do universo fadista, Ercília Costa e a Júlio Proença. Faleceu a 1 de Julho de 2006, quando estava perto de
completar 91 anos.
José Augusto Pacheco
Presidente
da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, tomou posse como presidente
do Instituto de Educação da Universidade do Minho, instituição onde é professor
catedrático. José Augusto Pacheco doutorou-se naquela universidade em 1983 e é
professor do Departamento de Estudos Curriculares e Tecnologia Educativa e
investigador do Centro de Estudos em Educação da universidade minhota. Natural
de Paredes de Coura, o novo presidente do Instituto de Educação é também autor
de vinte livros, muitos deles ligados à sua área de docência, mas também alguns
dedicados à sua terra Natal, de que é exemplo o livro lançado em Janeiro
último, por ocasião do centenário do falecimento de Narciso Alves da Cunha.
António Vassalo Abreu
Actualmente
presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, António Vassalo Abreu, natural
de Esposende, iniciou o seu percurso político em Paredes de Coura, por cá viveu
durante dezasseis anos, constituindo família e adoptando esta como a sua terra.
Único vereador nomeado pela CDU (na altura APU) no concelho, em 1982,
debateu-se pelas causas da terra, conquistou o eleitorado pela sua dedicação e
foi o rosto de causas comuns. Na sua passagem por Paredes de Coura, foi atleta,
treinador e dirigente do Sporting Clube Courense, integrou o Formariz Atlético
Clube, foi dirigente dos Bombeiros Voluntários, promotor das festas do concelho
e membro da organização do primeiro festival de Paredes de Coura.
Conde d’Aurora
Homem de
Letras, nascido em Ponte de Lima em 29 de Abril de 1896 e falecido no
Porto em 3 de Maio de 1969, foi, entre muitas outras ocupações, escritor,
magistrado, cronista, fotógrafo, repórter e etnógrafo. Autor de diversas
publicações periódicas locais, regionais e nacionais, muitas das suas obras são
hoje raridades muito disputadas no mercado livreiro especializado.
Abel Augusto de Almeida Carneiro
Nascido a 21
de Março de 1926 em Ponte de Lima e falecido a 11 de Dezembro de 1976,
foi um advogado e político português. Filho do ilustre Limiano Teófilo
Carneiro, também Abel Carneiro, se formou em Direito na Universidade de
Coimbra. Dedicou a sua vida ao exercício da advocacia, tendo sido eleito
deputado à Assembleia Constituinte (1975/1976) pelo Partido Popular Democrático
(PPD), no círculo eleitoral de Viana do Castelo. Escreveu poesia desde a sua
juventude, sem nunca ter reunido em vida essa criação poética.
Mário Rocha
O artista
Mário Rocha nasceu em Viana do Castelo em 1954. A sua verdadeira paixão
pela pintura levou-o a dedicar-se a esta arte em exclusivo desde 1968. Frequentou
a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto. Actualmente possui o
seu atelier particular e, desde 1975, que participa em diversas mostras
individuais e colectivas quer a nível nacional quer internacional. Em 2010
participou na Exposição Internacional Vive-Arte 2010 e o seu trabalho
encontra-se representado com 22 quadros na Assembleia da República Portuguesa.
Manuel Freitas
O homem do ouro
de Viana veio de Requeixo, Aveiro, com o nome de baptismo Manuel Rodrigues de
Freitas. Adoptou Viana do Castelo, onde vive, sempre com entusiasmo e com alegria,
apesar dos revezes da vida. É licenciado em economia e finanças, trabalhou num
Banco no Porto, foi convidado por Pinto Magalhães a ir para o Brasil abrir um,
mas preferiu o exercício de professor na Escola Comercial e Industrial de
Viana, onde exerceu uns anos, deixando o ensino para vir gerir a ourivesaria do
tio, em Viana. A partir daí dedicou-se ao negócio do ouro.
Rui Teixeira
Natural de Viana
do Castelo, é licenciado em Ciências da Nutrição pela Universidade do Porto
e, mais tarde, Pós-graduado em Nutrição Pediátrica e Mestre em Saúde Pública
pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde desenvolveu
trabalhos de Doutoramento. Repartiu sempre a sua atividade entre a formação, o
ensino e a atividade clínica. Área dominante do seu interesse profissional foi
sempre a formação, particularmente a formação de activos. Desde professores,
médicos, enfermeiros e desde as áreas de educação para a saúde, saúde pública e
comunitária, nutrição, dietética, sistemas de informação e informática, entre
outras. Participou em várias experiências de gestão, referindo, pela
oportunidade, a sua participação no Conselho Directivo da Escola Superior de
Enfermagem, de 2000 a 2002 e na de Vice-Presidência do IPVC, desde Abril de
2002, sendo actualmente Presidente do Instituto Politécnico de Viana do
Castelo.
João Loureiro
Nascido em Vila
Nova de Cerveira e emigrado em Newark, EUA, foi agraciado com o Grau Ouro no
Campo Social pelas iniciativas que lidera há mais de 30 anos conjuntamente com
outros ‘amigos de Cerveira’, angariando fundos que de forma muito assinalável
têm ajudado diversas obras de beneficência e de apoio social, assim como muitas
famílias desfavorecidas do nosso concelho.
Manuela Machado
Foi uma das melhores atletas portuguesas da Maratona. Iniciou a sua carreira aos 18 anos, em Viana do Castelo, no clube denominado Montinho Meadela (entre 1982 e 1983). Posteriormente representou o Sporting Clube de Braga entre 1987 e 2000, à excepção da época 1997/1998 quando representou o Sporting Clube de Portugal. A atleta participou 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-mato, nas quais se sagrou sempre campeã por equipas. Participou também 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada, em que, mais uma vez, se sagrou campeã europeia, sendo que 4 delas a título individual. Antes de ser eleita a melhor atleta ibero-americana, em 1998, tendo recebido a taça no palácio de Espanha dada pelo rei Juan Carlos, foi vencedora da Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1995, tendo sido por diversas vezes condecorada, pelo governo português, com a medalha da ordem do Infante. Em homenagem à atleta mundialmente reconhecida, o estádio municipal Álvaro Feijó, construído à 17 anos sob tutela do presidente de câmara social-democrata Branco Morais, foi rebaptizado com o nome da atleta vianense, há cerca de uma década, pela mão do então autarca socialista, Defensor Moura.
Manuela Machado
Foi uma das melhores atletas portuguesas da Maratona. Iniciou a sua carreira aos 18 anos, em Viana do Castelo, no clube denominado Montinho Meadela (entre 1982 e 1983). Posteriormente representou o Sporting Clube de Braga entre 1987 e 2000, à excepção da época 1997/1998 quando representou o Sporting Clube de Portugal. A atleta participou 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-mato, nas quais se sagrou sempre campeã por equipas. Participou também 13 vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada, em que, mais uma vez, se sagrou campeã europeia, sendo que 4 delas a título individual. Antes de ser eleita a melhor atleta ibero-americana, em 1998, tendo recebido a taça no palácio de Espanha dada pelo rei Juan Carlos, foi vencedora da Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1995, tendo sido por diversas vezes condecorada, pelo governo português, com a medalha da ordem do Infante. Em homenagem à atleta mundialmente reconhecida, o estádio municipal Álvaro Feijó, construído à 17 anos sob tutela do presidente de câmara social-democrata Branco Morais, foi rebaptizado com o nome da atleta vianense, há cerca de uma década, pela mão do então autarca socialista, Defensor Moura.
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