A arte consiste numa sucessão de grãos, obtidos a partir de um fio ou de um lâmina de ouro ou prata (com um utensílio apropriado, que pode ser uma matriz adaptada à forma pretendida) com fins decorativos. A sucessão de cada grão, soldados em fila segundo a técnica aperfeiçoada pelos Etruscos, pode dar-se o nome de “granulado”. Esta é uma técnica de ourivesaria, estando inserida no tipo de ourivesaria popular. Embora não seja específica da nossa tradição cultural e de ser possível encontrá-la em outros países e culturas, constitui uma das formas mais características das artes tradicionais portuguesas.
A tecnologia própria da filigrana abrange uma memória e espaço sociais, pelo que cada técnica fixa-se num centro geográfico, numa época que permite tirar o máximo partido das riquezas dos processos e, simultaneamente, realizar uma difusão progressiva dos produtos. Toda a filigrana continua a ser desenvolvida sob linhas orientadoras tradicionais, pelo que a forma, o modelo e a decoração pouco têm variado nos últimos séculos.
Anos após a primeira tentativa de tornar a Filigrana parte do património da Humanidade, é em 2020 que esta situação é finalmente conseguida, reflexo do apoio por parte de diversas entidade, e do enorme impacto que esta arte tem, não só dentro como também fora do país.
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