Profissionais de excelência - O Gerontólogo Social

Tendo em consideração os dados divulgados por fontes nacionais, a estrutura etária da população portuguesa continuará a sofrer alterações nos próximos anos. Se em 2020 a população idosa ultrapassa já a população jovem prevê-se, que num futuro próximo, este panorama se intensifique. Estes indicadores revelam claramente a tendência de envelhecimento da população portuguesa, à semelhança das mudanças demográficas que ocorrem um pouco por todo o mundo.

Ainda de acordo com as mesmas fontes, prevê-se que em 2050 a população idosa portuguesa (com 65 ou mais anos) seja superior a 3 milhões, ou seja 37% da população terá nessa altura 60 ou mais anos e 26% da população com mais de 80 anos.

Neste contexto, revelou-se absolutamente fundamental formar quadros técnicos capazes de planear, implementar e avaliar programas e actividades destinados a este grupo populacional. Os Gerontólogos Sociais são, portanto, técnicos capazes de analisar os efeitos físicos, sociais e psicológicos do fenómeno do envelhecimento na organização social e económica, particularmente numa perspectiva de intervenção social e comunitária.

Têm competências para (1) implementar programas de intervenção comunitária com populações em risco educacional e social; (2) planear, implementar e avaliar atividades e programas associados às faixas etárias mais envelhecidas da população; (3) gerir organizações vocacionadas para apoiar e intervir junto das faixas etárias anteriormente referidas e (4) prestar serviços de consultoria. Desempenham as suas funções junto de idosos/famílias, organismos públicos, privados e cooperativos e ainda na comunidade.

De destacar que estes profissionais, licenciados em Educação Social Gerontológica na  Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, se assumiram como um veículo essencial na dinamização do distrito e na promoção do envelhecimento bem-sucedido.

Facto comprovado através da certificação emitida pela Comissão Europeia do Envelhecimento Activo por mérito e excelência ao nível da investigação e intervenção com a população idosa.





Dicas para Envelhecer Bem

Envelhecer é, naturalmente, um processo que decorre ao longo de todas as nossas vidas.

Envelhecer bem depende, naturalmente, de algumas circunstâncias dificilmente controláveis pelos indivíduos, no entanto há algumas actividades e comportamentos que podemos adoptar no sentido de potenciar um envelhecimento óptimo, activo, saudável... Isto é, existem algumas estratégias úteis na promoção de um desenvolvimento e envelhecimento bem-sucedidos.

De entre muitas outras sugestões, destacamos neste blogue aquelas que nos parecem mais relevantes para o bem-estar dos adultos mais velhos.

Assim:

1. Seja um empreendedor
2. Participe activamente na sua comunidade

3. Relacione-se com os outros
4. Estude/aprenda
5. Torne-se voluntário
6. Seja um cidadão activo
7. Seja um artesão ou um artista
 
8. Utilize a internet
9. Vigie a sua saúde
10. Exercite-se
11. Leia/escreva
12. Viaje/passeie
13. Jogue/coleccione
14. Saboreie
15. Dedique-se à jardinagem
16. Tenha um animal de estimação
17. "Avózar", seja avô/avó
18. Preocupe-se com a sua imagem
19. Desenvolva-se pessoalmente
20. Namore
21. Seja optimista

22. Desenvolva a sua rede social

23. Continue a trabalhar
24. Transmita os seus conhecimentos

25. Tenha uma alimentação saudável

Cidades amigas das Pessoas Idosas

Os 10 Concelhos do Distrito de Viana do Castelo foram os primeiros, em 2017, a serem reconhecidos como CIDADES AMIGAS DAS PESSOAS IDOSAS


Uma cidade amiga das pessoas idosas estimula o envelhecimento activo através da criação de condições de saúde, participação e segurança, de modo a reforçar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.
Em termos práticos, uma cidade amiga das pessoas idosas adapta as suas estruturas e serviços de modo a que estes incluam e sejam acessíveis a pessoas mais velhas com diferentes necessidades e capacidades.




O Distrito de Viana do Castelo beneficia de:
- Rede de parceiros institucionais que permite a agilização das acções/iniciativas direccionadas ao envelhecimento bem-sucedido;
- Programas de Voluntariado Sénior;
- Programas de Voluntariado Intergeracional;
- Rede de Horticultura Social e Terapêutica em todas as Respostas Sociais do Distrito;
- Programas de Educação/Intervenção:
    .“normalização” do processo de envelhecimento
    . preparação para a reforma
    . como lidar com o envelhecimento patológico
    . boas práticas para o cuidar
- Cuidado gerontológico: especificidades;
- Formação específica para Cuidadores Formais e Informais;
- Rede de transportes adaptados a pessoas com mobilidade reduzida e limitações sensoriais;
- Projecto REPARA E ADAPTA: manutenção das habitações dos idosos mais carenciados;
- Espaços verdes equipados e adaptados para seniores;
- Edifícios e vias pedonais adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida e limitações sensoriais.

-Entre outros.

Melhor distrito para envelhecer

Os 10 concelhos do Alto Minho lideram o ranking no que concerne à qualidade de vida e desenvolvimento socioeconómico, de acordo com uma investigação do Laboratório GeroSOC do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC-ESE). A nível nacional, e considerando o total de 308 municípios portugueses (Continente e Ilhas Adjacentes dos Açores e da Madeira), o Alto Minho reflecte neste momento o investimento efectuado na região ao longo dos últimos 5/10 anos, bem como o elevado empreendedorismo e capacidade de adaptação da população.
Esta investigação procurou saber, mais em pormenor, os principais factores que pesam na decisão dos portugueses quando resolvem morar e, eventualmente constituir família numa determinada cidade. Apontado por 55% dos inquiridos, o emprego e o mercado de trabalho é o critério com maior impacto na qualidade de vida nas cidades. Com mais de 40% de respostas, seguem-se a segurança e ambiente, a saúde, a educação, a mobilidade e transportes, bem como a habitação.

Passeios extremosamente cuidados, vias rodoviárias exemplares, serviços de limpeza ascéticos, acesso a serviços de saúde únicos, um centro histórico precioso e estimado como numa cidade europeia de reconhecida beleza e qualidade. Conhecem Viana do Castelo? É um dos melhores distritos portugueses para se viver e, certamente uma das melhores regiões do Mundo para se envelhecer.

O Alto Minho é repleto de comércio e serviços de qualidade, parques públicos e espaços verdes de excelente qualidade em pleno centro da cidade, festivais internacionais de jardins, de folclore, de dança, de música, entre tantos outros, inúmeras actividades culturais e desportivas, um sem número de festas e romarias, uma gastronomia que atrai centenas senão milhares de visitantes, dezenas de museus e núcleos museológicos, quintas e casas senhoriais, tradições que se descobrem ao virar de cada esquina… Uma região apaixonante!

Num momento em que as mega-cidades eucaliptam um pouco por toda a parte, a imagem de pluralidade e proximidade das nossas cidades (ou das diversas e magníficas praias para onde tentamos fugir) representam um cruzamento único entre o valioso e distintivo património do distrito com o valor acrescentado da criatividade e resiliência das suas gentes.


Bem-vindo(a) a 2020

O blogue altominho+ACTIVO: uma região a envelhecer bem tem por base o pressuposto central de que o Alto Minho é uma região competitiva, capaz de criar empregos e contribuir significativamente para o enriquecimento da região e do país; conectada, ou seja, ligada, atenta e envolvida com o país e o mundo; atractiva, na medida em que é capaz de fixar a população residente e atrair novos grupos populacionais, é exemplar na forma como cativa e mantém o interesse das empresas, bem como na forma como desperta a atenção e toca o coração daqueles que a visitam; e ainda resiliente, pois tem demonstrado uma enorme capacidade de crescimento e adaptação à mudança.

O Alto Minho, região de um sem número de tradições tem revelado inigualável mestria na forma como valoriza o seu património e lhe dá um novo ênfase, na forma como atende às necessidades e expectativas da população e, no fundo, na forma como é capaz de fazer do velho, novo.
Para isto em muito contribuiu certamente a conjugação de esforços levada a cabo pelos 10 Concelhos do Distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira) que, através da mobilização da comunidade e do incentivo à participação/cidadania activa contribuíram para que o conceito de Resiliência se tenha tornado, nos últimos anos, a palavra-chave da dinâmica do distrito.

A resiliência é apresentada como um fenómeno, uma forma de funcionamento, ou ainda, por vezes, uma arte de se adaptar às situações adversas (condições biológicas, psicológicas ou sociais) pelo desenvolvimento de capacidades ligadas aos recursos internos (intrapsíquicos) e externos (ambiente social e afectivo), tais como a cognição social, a criatividade, a capacidade de procura de reforço (ex.: auto-reforço), a flexibilidade cognitiva, as aspirações e projectos de vida, o sentido de humor e a tolerância (Couto, Koller & Novo, 2006).

Foi precisamente com base neste conceito e através do empowerment, liderança, aprendizagem, educação, regulação e comprometimento social que o Alto Minho conseguiu criar processos e oportunidades que conduziram a população a mudar os seus contextos sociais.

Assim, estimular o envelhecimento bem-sucedido com base numa visão biopsicossocial do desenvolvimento humano passou por potenciar uma maior percepção de qualidade, bem-estar e satisfação com a vida, dando ênfase à capacidade de ser resiliente.

Neste sentido, este blogue vem apenas chamar a atenção para o facto de que o Alto Minho é claramente, em 2020, a melhor região do país para se viver e, consequentemente para se envelhecer bem.