O blogue altominho+ACTIVO: uma região a envelhecer bem tem por base o pressuposto central de que o Alto Minho é uma região competitiva, capaz de criar empregos e contribuir significativamente para o enriquecimento da região e do país; conectada, ou seja, ligada, atenta e envolvida com o país e o mundo; atractiva, na medida em que é capaz de fixar a população residente e atrair novos grupos populacionais, é exemplar na forma como cativa e mantém o interesse das empresas, bem como na forma como desperta a atenção e toca o coração daqueles que a visitam; e ainda resiliente, pois tem demonstrado uma enorme capacidade de crescimento e adaptação à mudança.
O Alto Minho, região de um sem número de tradições tem revelado inigualável mestria na forma como valoriza o seu património e lhe dá um novo ênfase, na forma como atende às necessidades e expectativas da população e, no fundo, na forma como é capaz de fazer do velho, novo.
Para isto em muito contribuiu certamente a conjugação de esforços levada a cabo pelos 10 Concelhos do Distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira) que, através da mobilização da comunidade e do incentivo à participação/cidadania activa contribuíram para que o conceito de Resiliência se tenha tornado, nos últimos anos, a palavra-chave da dinâmica do distrito.
A resiliência é apresentada como um fenómeno, uma forma de funcionamento, ou ainda, por vezes, uma arte de se adaptar às situações adversas (condições biológicas, psicológicas ou sociais) pelo desenvolvimento de capacidades ligadas aos recursos internos (intrapsíquicos) e externos (ambiente social e afectivo), tais como a cognição social, a criatividade, a capacidade de procura de reforço (ex.: auto-reforço), a flexibilidade cognitiva, as aspirações e projectos de vida, o sentido de humor e a tolerância (Couto, Koller & Novo, 2006).
Foi precisamente com base neste conceito e através do empowerment, liderança, aprendizagem, educação, regulação e comprometimento social que o Alto Minho conseguiu criar processos e oportunidades que conduziram a população a mudar os seus contextos sociais.
Assim, estimular o envelhecimento bem-sucedido com base numa visão biopsicossocial do desenvolvimento humano passou por potenciar uma maior percepção de qualidade, bem-estar e satisfação com a vida, dando ênfase à capacidade de ser resiliente.
Neste sentido, este blogue vem apenas chamar a atenção para o facto de que o Alto Minho é claramente, em 2020, a melhor região do país para se viver e, consequentemente para se envelhecer bem.